Em evento promovido pelo Conselho Nacional de Unificação Divisão – Brasil foi criada a Frente Parlamentar pela Pacificação da Coreia.
São Paulo- SP, 24 de novembro de 2020 – O deputado federal Milton Vieira (Republicanos-SP) participou na noite desta terça-feira (24) em São Paulo, de uma confraternização em prol da luta pela reunificação da península coreana, dividida em Coreia do Sul e Coreia do Norte desde 1945, após segunda guerra mundial e guerra fria.
Foi uma noite beneficente promovida pelo Conselho Nacional de Unificação Divisão – Brasil, órgão de assessoramento da presidência da Coreia do Sul, que reuniu várias autoridades do cenário político brasileiro, representantes de Associações de Coreanos na América Latina, do Comitê Olímpico Brasileiro e até da Federação Brasileira de Taekwondo (esporte coreano) para confraternizar, discutir e demonstrar a importância de avançar no processo de pacificação e reunificação das Coreias do Sul e do Norte, iniciado há pelo menos duas décadas.
No encontro, os deputados federais presentes oficializaram a criação de uma Frente Parlamentar pela Pacificação da Coreia, no âmbito do Congresso Nacional. O colegiado será responsável por propor debates, promover encontros, oferecer sugestões que auxiliem no processo de paz e de reunificação da Coreia.
Em seu discurso o deputado Milton Vieira lamentou a divisão do povo coreano que separa -pessoas de uma mesma família, proibindo-os qualquer tipo de contato. ‘’Essa é a tragédia de um povo, que pela guerra ideológica, só separa e destrói os afetos familiares. As pessoas mais velhas são as que mais sofrem. Não podem desfrutar da única alegria que ainda têm, que é estar próximas dos filhos, sobrinhos e netos”.
Ainda de acordo com o parlamentar, “a formalização da paz entre o povo acima e abaixo do paralelo 38 é também fundamental para o enriquecimento das duas populações. Somente em um ambiente de paz pode existir a circulação de riqueza. Ninguém realiza trocas comerciais com quem não confia. E ninguém confia no outro quando existe um estado permanente de guerra. Grandes pensadores do passado já indicaram que a existência do comércio é o principal instrumento para a paz e a união. Em 2018, o acordo para permitir que familiares do Sul visitassem parentes no Norte é um sinal para a futura reunificação desse mesmo povo. Entre o mesmo povo já se percebe o espírito de boa vontade. 3 Esse sentimento não pode arrefecer. Precisa ser apoiado por países pacíficos, a fim de estimular Pionguiangue e Seul a continuar o diálogo em direção ao fim do conflito.”
Milton Vieira lembrou ainda o exemplo de outros povos que passaram por situações semelhantes e que hoje mantém relações amistosas. “A cristalização da ideologia pode fazer parecer ser impossível, entretanto, já aconteceu em período recente. Tivemos o Acordo de Paz entre Egito e Israel, a partir do qual as relações comerciais se agigantaram, ajudando a enriquecer os dois povos. Esse acordo de paz seria o mais improvável da história. Afinal, os judeus foram escravos dos egípcios milênios atrás e sempre travaram conflitos. Hoje esses países mantêm relações amistosas e ajudam a incentivar outros no Oriente Médio a reconhecer a soberania de todos”.
Por fim, o deputado destacou a importância da paz entre os povos. “Em determinado sentido, a paz desempenha o mesmo papel que a guerra: Ambas situações influenciam os vizinhos. No entanto, a guerra traz medo à vizinhança, enquanto acordos de paz levam confiança a outros países. É por isso que o Parlamento de um país pacífico como o Brasil incentiva e pretende ajudar a Coreia do Norte em caminhar para a paz definitiva com o mesmo povo da Coreia do Sul. Esse é o passo definitivo para a tão sonhada unificação!
Texto: Érica Junot – Ascom dep. Milton Vieira